Na minha última viagem à Porto, perdi algumas fotos. Perdi não de ter extraviado, o arquivo sumido nem nada do tipo (faço backup de todo material assim que tiro da câmera e sempre tenho os arquivos em pelo menos dois lugares diferentes). Na verdade não fiz algumas fotos que tinha visto. No passado, eu já deixei de fazer muita foto por preguiça mesmo, confesso. Eu via a cena, tinha a visão da foto que eu queria, mas pensava: "- ah... na volta eu faço". E na volta a luz não era a mesma, a cena não era a mesma, o tempo ficou ruim e por aí vai. Hoje eu me forço a fazer a foto na hora em que eu vejo ela. Se não tiver a minha câmera faço com o celular mesmo.
Mas nessa viagem eu perdi, ou deixei de fazer, algumas fotos em respeito aos meus parceiros de viagem: a Marcela e os meus dois pequenos. Como eu disse no post da viagem, é preciso saber a hora de ceder em nome deles. Ou era porque estavam muito cansados, ou porque já era tarde, ou estavam dormindo e se eu parasse o motorhome provavelmente iriam acordar e por aí vai. Ficava em silêncio vendo a cena ir embora pensando: - essa foto seria linda!
E foi num desses momentos de silêncio que tive uma ideia: se não posso voltar no tempo e fazer a foto, nem reproduzir a imagem que vi com meios fotográficos, eu posso pintar! Nunca na minha vida eu pintei uma tela (tá... pintei quando era pequeno na escolinha de artes, mas isso não conta, né?). Ano passado fizemos um exercício no NEFA - Núcleo de Estudos em Fotografia e Arte - usando aquarela. E achei muito gostoso e o resultado belíssimo. Ou melhor, visualizei resultados lindos, porque o meu exercício não ficou grandes coisas.
Então, sinceramente, não sei se um dia essa ideia irá virar realidade, mas anotei na minha lista de coisas a fazer no futuro. Se der certo, vocês verão o que eu vi mas dessa vez sem ser em fotografias.
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